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ESPANHA CONSTRÓI PRISÕES DE MIGRANTES NA MAURITÂNIA

A Espanha, através do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, abriu duas prisões para migrantes na Mauritânia. Estes dois centros de detenção vão ter capacidade para mais de 180 pessoas, no total, tendo a possibilidade de prender também bebés em idade lactante, algo proibido em Espanha. Foram fundos públicos espanhóis a financiar estas obras, em mais de um milhão de euros, além de terem fornecido como modelo as prisões de migrantes que já existem nas ilhas das Canárias, em Espanha.


Vão servir para, supostamente, "apoiar a luta contra o tráfico de migrantes e a gestão da migração irregular na Mauritânia". A solução do governo espanhol para quem procura uma vida melhor é a prisão, à semelhança de tantos outros governos, como o britânico ou o norte-americano. O governo espanhol é, supostamente, da esquerda progressista. Mas não importa: sejam de esquerda ou de direita, os governos pretendem criminalizar uma actividade humana básica, a mobilidade. De acordo com o Global Detention Projecto, são presos, anualmente, cerca de 100 mil migrantes na Europa. E a ideia, ao que parece, é continuar a construir mais e mais prisões.


Venderam-nos a ideia duma União Europeia que ia aproximar pessoas e abolir fronteiras. Afinal, a ideia era outra.


NR

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